sexta-feira, maio 11, 2007

Primeiro a inclusão legal...

Hoje às 21h30m, no Edifício Cultural da Câmara Municipal de Peniche, irá ter lugar um colóquio sobre Exclusão Social, organizado pelo projecto Maré-Alta II e pela Escola Secundária de Peniche.
O evento conta como convidados várias técnicos ligados a projectos de índole social e à integração de minorias étnicas.
O projecto Maré Alta II é financiado pela Programa Escolhas e tem como elementos do consórcio a Adepe, a ACISP, a Câmara Municipal de Peniche, a CerciPeniche e o Centro de Saúde de Peniche.

À mesma hora, não muito longe, e em evento que se prolonga pela noite dentro, decorre um casamento cigano no acampamento no centro da cidade.
Os festejos decorrem em barracas clandestinas recém construídas, e que a fiscalização camarária não conseguiu impedir.
A estridente instalação sonora tem várias denúncias junto da PSP, mas ainda assim perdura, como ontem, até cerca da uma da madrugada.

O primeiro passo para a resolução de exclusão social passa necessariamente pela inclusão legal destas minorias.
Ao permitir que prevariquem deste modo e que impunemente actuem à margem da lei é a própria Câmara e a PSP que contribuem para a sua marginalização.
E por muito que a restante população seja tolerante, este laxismo, esta impunidade, só contribui para acentuar uma clivagem entre etnias.

É minha opinião que a garantia do cumprimento da lei nestes casos, contribuiria mais para a inclusão social e a coexistência pacífica que o colóquio publicitado!

6 contributos:

At 12/5/07 11:43, Anonymous Anónimo disse...

O cumprimento da lei é um requisito para viver em sociedade. Nós esquecemos convenientemente esse preceito.

 
At 14/5/07 10:53, Blogger xf disse...

Em Beja acontece o mesmo. Pior ainda: a própria camâra instala as barracas com o dinheiro camarário e no fim procede à limpeza e desmontagem do sítio! Assim até eu me casava várias vezes ao ano!

 
At 14/5/07 11:35, Anonymous Anónimo disse...

Como eles não têm direitos a subsídios e rendimentos mínimos (é vê-los a descontar os cheques nos Correios)e têm despesas com rendas,luz, água, impostos.... é preciso apoiá-los o máximo possível e deixá-los fazer o que quiserem. Caso contrário, somos acusados de racistas.
Certo é que eles se valem de serem ciganos (em princípio deviam ser nómadas)e chucham o máximo possível na teta da segurança social, ou seja, nos impostos que todos pagamos! Lembram-se duma reportagem em que um cigano disse que se trabalhasse nunca conseguia ter o mesmo rendimento do subsídio que recebia?
Se querem inserção social que comecem a fazê-lo: trabalhem honestamente e contribuam para a sociedade que há muito tempo lhe anda a alimentar os vícios.
Nota: Nem todos se inserem na categoria dos chupistas crónicos mesmo em Peniche podemos encontrar outros exemplos.
Acho que está na hora das coisas começarem a mudar, pois farto-me de trabalhar para pagar as minhas obrigações e nem sequer já tenho garantia de ter reforma quando chegar a minha vez. Tem havido um desperdício de recuros devido a estas situações mas também a falta de fiscalização sobre todos os que usufruem de apoios, sejam ciganos ou não.

 
At 14/5/07 15:07, Anonymous Anónimo disse...

Excerto de conversa telefónica verídica com a PSP de Peniche, sexta-feira, 3 da madrugada....

Munícipe:- Sr.agente, o ruído do acampamento cigano não pára. É a terceira vez que telefono, quando é que vão actuar?
Agente:- Pois, temos recebido muitos telefonemas a protestar, o carro patrulha passa lá, eles baixam o som, mas depois voltam a aumentar...
Munícipe: -Mas não podem aplicar sanções, autuar, permanecer lá durante um tempo para garantir o cumprimento da lei?
Agente: -Mas sabe, é que parece que há lá uma festa...
Munícipe: -Mas isso não vos impede que apliquem a lei, pois não? A festa não é licenciada pois não?
Agente: -Não, pois,...hum...mas...mas é um casamento....
Munícipe: -Ainda assim. Mas vão ou não actuar?
Agente: -Vou de novo mandar passar lá o carro patrulha...
Munícipe:...passar lá...mas isso não parece que não faz nada, pois não...
Agente: -...pois....hum...

 
At 14/5/07 17:26, Anonymous Anónimo disse...

Pois...hum...parece que muito do que se passa em Peniche tem a total conivência da PSP que aqui é uma PSPzinha.
A feira à porta da praça é por culpa e inoperância vergonhosa da PSP, porque só existe um cigano com licença de venda ambulante, todos os outros violam a lei e riem na cara da polícia local. O tráfico de droga às claras no Bairro Arco-Íris, idem.
E a Rua Tenente Valadim cheia de carros estacionados, Ibidem.
Não estou a falar da Rua José Estevão nem do Largo 5 de Outubro. Não! É outra rua, exclusivamente pedonal mas onde muitas vezes não passa um carrinho de bebé nem uma cadeira de rodas. E os senhores comerciantes que têm restaurantes e afins que deviam ser os primeiros a dar o exemplo, estacionam mesmo à porta verdadeiros chassos, sujos por dentro e por fora, com faróis de pisca partidos, inclusivamente. Eu com carros daqueles não saía da garagem, quanto mais deixá-lo dias a fio a transgredir no passeio. é que chama a atenção de tal forma que só não vê mesmo que andar a Leste! E Peniche é uma terra de autoridades. Autoridadezinhas, bem se vê. Temos PSP, GNR e Brigada Fiscal, Vigilantes da Natureza do ICN, Seguranças Municipais, Serviços Alfandegérios, Polícia Marítima e agora até o SEF. Será que se escondem uns atrás dos outros? Quando foi para desenterrarem as caixas multibanco do acampamento dos ciganos teve que vir polícia de fora. Senhor anónimo anterior, apresente o seu caso à Inspecção-Geral da Administração Interna e ao Governador Civil. Aliás, os telefonemas até deviam ser gravados como os do 112...

 
At 15/5/07 11:36, Anonymous Anónimo disse...

Os representantes da Autoridade em Peniche são de facto uma piada. E de mau gosto.
Mais um exemplo prático, vivido na 1ª pessoa:ainda no Verão passado no Baleal, perante o total caos no trânsito causado por dezenas e dezenas de automóveis estacionados em locais onde estava claramente sinalizado "proibido parar ou estacionar", resolvi interpelar uma brigada da BT, igualmente parada naquele imbróglio:

Eu: Boa tarde, sr. guarda. Já viu que este caos se deve a estes automóveis todos parados em local proibido, ocupando assim uma das vias de rodagem?

Agente BT: Pois é...

Eu: E então? Não vão fazer nada? Já que foram incapazes de impedir, não passam sequer uma multa?

Agente BT: Não. Temos ordens para não fazer nada.


"Ordens para não fazer nada"!?!?!? Alguém me explica isto? Ordens para não fazer cumprir a lei? E se têm ordens para não fazer nada porque é que foram dar uma voltinha de carro à ilha? Para terem bem a certeza daquilo que não estavam a fazer? Para dizerem uns para os outros "Eh pá, ó Cunha, vai ali não multar aqueles tipos mal estacionados que estão a impedir que o trânsito circule normalmente."!?

Alguém me pode dar ordens para eu não pagar impostos, sff?
Uma palhaçada.

 

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