segunda-feira, junho 12, 2006

Soneto ao Ocaso

Hoje o reflexo do sol no mar,
Já tremeluz e quase crepita.
Há uma bruma a pairar no ar,
O ensejo da noite ainda hesita.

Arde pleno de fogo o horizonte,
A calma duma brisa já se sente.
Como sede saciada pela fonte
O meu coração resta calmo e quente.

Puro se queda, apascentado,
Inerte, em repouso se conforma.
A aragem o embala docemente.

Mas se por centelha ele é tocado,
Ardente, vibrante se enforma,
O Sol põe-se sempre incandescente.

Joviano Perene

2 contributos:

At 13/6/06 13:05, Blogger xf disse...

Será da ternura da idade?
Belo poema.

 
At 14/6/06 16:34, Anonymous Anónimo disse...

da ternura da idade ????

em que ano foi feito este poema??

é lindo...

 

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